- Faz de conta que sou abelha.
- Eu serei a flor mais bela.
- Faz de conta que sou cardo.
- Eu serei somente orvalho.
- Faz de conta que sou potro.
- Eu serei sombra em Agosto.
- Faz de conta que sou chopo.
- Eu serei pássaro louco.
Pássaro voando e voando
Sobre ti vezes sem conta.
- Faz de conta, faz de conta.
Eugénio de Andrade, Aquela nuvem e outras, Campo das Letras, 1999
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